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“Férias Trocadas”: Comédia de Bruno Barreto promove confusão nas férias de duas famílias bem diferentes | 2024

Todos nós já vimos alguma vez na vida os grandes mal entendidos e confusões que ter o nome igual ao de outro alguém pode causar. No cinema já vimos isso um par de filmes, e agora é a vez do cineasta Bruno Barreto (“O Que é Isso Companheiro?” -1997) lançar humor sobre a temática, com dois homônimos que possuem vidas e famílias muito diferentes umas das outras. “Férias Trocadas”, como o próprio título revela, vai mostrar como uma simples troca de lugar com dois nomes iguais pode causa problemas seríssimos, assim como uma balbúrdia hilária.

Na comédia, acompanhamos José Eduardo, Zé (Edmilson Filho), que ganha uma rifa e consegue uma viagem para toda sua família em Cartagena da Índias, na Espanha. Dono de uma escolinha de futebol, pai de uma blogueirinha, Rô (Klara Catanho), a família parte animada para o exterior, mesmo com a desconfiança de Suellen (Aline Campos), a esposa dele, que eles estariam entrando numa furada. Já o outro José Eduardo, conhecido como Edu (Edmilson Filho), é um empresário preconceituoso e antipático que vai para o mesmo destino que Zé, só que junto com sua esposa Renata (Carol Castro) e seu filho tiktoker João (Matheus Costa).

Ao chegar lá os dois acabam indo para endereços errados e que eram do outro, Zé vai para um Resort cinco estrelas e Edu acaba indo para uma pousada riponga que pratica hábitos que exaltam e preservam a natureza. Apesar de locais errados, ambas as famílias acabam se conectando mais e ficando mais próximas. É no meio de um grande mal entendido que esses dois Josés vão crescer e aprender mais sobre ouvir a voz do outro.

A comédia  tem uma ligeira queda de sua primeira metade para o terço final. É notada essa quebra de ritmo toda vez que Barreto deixa de apostar nos principais talentos do humor escalados para seu projeto. Não fosse o bom timing de Edmilson Filho, se dividindo em dois papéis completamente diferentes, talvez o resultado fosse ainda mais abaixo do esperado. Também não dá pra deixar de falar de Gustavo Mendes, Flávia Garrafa e da ótima Luciana Paes (vivendo uma massoterapeuta colombiana que tem a sequência mais hilária do longa), que com toda certeza somam forças para essa comédia de situação,  que poderia ter entregado muito mais além do que passar a mensagem de que existem males que vem para o bem, ou que viver a vida de alguém nunca será uma boa ideia.

 

Rogério Machado

Designer e cinéfilo de plantão. Amante da arte e da expressão. Defensor das boas causas e do amor acima de tudo. Penso e vivo cinema 24 horas por dia. Fundador do Papo de Cinemateca e viciado em amendoim.

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