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“A Mãe da Noiva”: Comédia romântica da Netflix traz Brooke Shields no papel-título | 2024

O gênero comédia romântica ambientada em cerimônia de casamento de jovens cujos pais são os protagonistas, é bem comum e tem vários títulos de sucesso: “O Pai da Noiva” (o original e o remake), “Mamma Mia” e “Ingresso para o Paraíso”, para citar os mais conhecidos. No entanto essa fórmula nem sempre dá certo, e a grande maioria cai na vala dos filmes cheios de clichês mal trabalhados, o que é o caso de “A Mãe da Noiva”, mais uma comédia da Netflix que será esquecida em breve.

Brooke Shields vive Emma, uma geneticista de sucesso que depois da viuvez criou a filha Lana sozinha, ela é uma mãe super controladora e não aceita que ela bata asas e seja independente. Emma leva um choque quando Lana anuncia que virou uma influenciadora digital de sucesso e que vai se casar na Tailândia numa cerimônia incrível totalmente custeada pelo seu patrocinador. Quando todos chegam no resort em Phuket, a situação piora quando Emma dá de cara com Will ( Benjamin Bratt), sua grande paixão na época da faculdade, o homem que, segundo ela, partiu seu coração e a abandonou sem explicação.

Brooke Shields e Benjamin Bratt são bons atores, com timing cômico e muito carisma, e conseguem tirar o máximo do texto ruim e das situações constrangedoras de humor, mas nem assim conseguem salvar a trama do desastre total, pois ela não flui e as risadas não chegam. Os noivos são personagens totalmente sem graça: Miranda Cosgrove ( da série “ICarly”) e Sean Teale são péssimos atores, parecem estar encenando uma peça na terceira série do primário, é vexatório. O conflito de gerações, que parecia uma ótima questão a ser abordada, fica apenas na introdução.

O grupo dos pais e tios dos noivos, que são os personagens mais interessantes da trama, poderiam ter rendido ótimas sequências; pessoas maduras e financeiramente estáveis, ainda com disposição, tempo e alegria para aproveitar a vida com plenitude – mas infelizmente não renderam. Eles passam o filme todo deitados em alguma praia ou na beira da piscina tomando drinks e tendo papos tediosos, não existem boas piadas muito menos apelo de qualquer tipo: a tia que quer fazer a irmã curtir a vida, o casal gay que parece estar ali só para cumprir as quotas de diversidade e o ex-casal Emma e Will, talentosos mas sem química. Suas memórias sobre o passado são confusas e as reflexões sobre autodescoberta e perdão, superficiais.

O que sobra? As belas locações do hotel na Tailândia, que claramente foram gravadas em outro lugar – dos lugares típicos do país temos só um pequeno take no início – o restante dos cenários são piscinas, quartos, bares e restaurantes que poderiam ser em qualquer outro lugar. Outro ponto positivo é que o filme tem duração de 1h30min, o que encurta o tempo de tédio e, em muitos casos, de uma inevitável cochilada. A Netflix mais uma vez desperdiçou um bom elenco e uma boa premissa numa produção desnecessária.

Karina Massud

Formada em Direito, cinéfila desde os 5 anos de idade, quando seu pai a levou para assistir “Superman-o Filme”. Cachorreira, chocólatra, fã ardorosa de séries, músicas, literatura e tudo que emocione.

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