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“Predador: Assassino de Assassinos”: ampliando a mitologia, animação intensifica ameaça e amarra tramas em espetáculo sangrento | 2025

Temos que lutar juntos

Existe um charme masoquista na apreciação de se colocar na posição de uma presa. Os filmes da franquia “Predador” sabem explorar isso de forma até mesmo fetichista, desde o primeiro título, estrelado por Arnold Schwarzenegger, até ao recente “Predador: A Caçada” (que, vejam só, se chama “Presa” – em tradução livre do título original, como que propondo um jogo diferente de perspectiva). O novo filme adota uma abordagem narrativa diferente, tanto por adotar o estilo de animação como por dividir o roteiro em arcos antológicos, com diferentes contextos e situados em diferentes épocas da história humana.

The Shield (O Escudo) é sobre uma vingança adquirida como herança; The Sword (A Espada) é sobre o legado adquirido pela dor; The Bullet (A Bala) é sobre a autodefesa adquirida pela autonomia. Cada história tem seu propósito interno e, juntas, formam objetivo maior, que é alcançado pelo terceiro ato. Diferentes modelos de armamentos, diferentes versões do alienígena bocudo, diferentes motivações para os três protagonistas que se veem diante do desafio de sobreviver ao Predador – e tudo isso em um estilo animado que lembra, em muito, ao sucesso “Arcane”, da Netflix.

A violência gráfica e a agilidade da ação que a animação permite alcançar casou como uma luva à nova proposta imersiva da franquia. Os traços vistos aqui  são de uma beleza estética que promete ser tendência para os próximos anos, assim como “Homem-Aranha no Aranhaverso” se mostrou ser em 2018. O próximo lançamento, “Predador: Terras Selvagens”, chega aos cinemas em novembro desse ano e, honestamente, “Assassino de Assassinos” foi fundamental para criar ansiedade pelo lançamento graças à boa impressão que a direção de Dan Trachtenberg causou aqui e no filme anterior. Não há exageros em dizer que esse filme, já disponível do Disney+, mira no grande e acerta no gigante. Um presente e tanto para os fãs dos embates com os guerreiros Yautja.

 

Vinícius Martins

Cinéfilo, colecionador, leitor, escritor, futuro diretor de cinema, chocólatra, fã de literatura inglesa, viciado em trilhas sonoras e defensor assíduo de que foi Han Solo quem atirou primeiro.

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