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Filme sobre o cineasta Cacá Diegues terá estreia mundial no Festival de Cannes

"Para Vigo Me Voy!", dirigido por Lírio Ferreira e Karen Harley, com produção de Diogo Dahl, será exibido na seção Cannes Classics, e concorre ao prêmio Olho de Ouro

Um dos cineastas brasileiros mais queridos em Cannes, Carlos Diegues será lembrado na nova edição do festival francês com a première mundial do documentário “Para Vigo Me Voy!”, dirigido por Lírio Ferreira e Karen Harley. O filme, produzido por Diogo Dahl, da Coqueirão Pictures, em coprodução com Globo Filmes, GloboNews, Sinédoque, Raccord e Dualto Produções, faz parte da seleção Cannes Classics, e  concorre ao Olho de Ouro, prêmio de Melhor Documentário do evento, que ocorre entre os dias 13 e 24 de maio e divulga cartaz oficial. Nos cinemas, o filme será distribuído pela Gullane+.

O documentário é uma viagem cinematográfica pela trajetória do cineasta, revelando a capacidade única de capturar o espírito do tempo presente em suas narrativas. O filme explora como as obras de Diegues refletem os traços da história brasileira nas últimas seis décadas, além de abordar aspectos íntimos de sua vida pessoal.

“O filme é uma grande aula de cinema brasileiro. São mais de 60 anos de cinema, atravessando a história do País, desde o Brasil Colônia. E não é apenas sobre Cacá. São muitos artistas que marcaram época. Para citar alguns, Antonio Pitanga, Jeanne Moreau, Zezé Motta, Marília Pêra, Sonia Braga, Antonio Fagundes, Wagner Moura e Jesuíta Barbosa; Moacir Santos, Chico Buarque, Jorge Benjor, Caetano e Gil.”, afirma o produtor Diogo Dahl sobre o longa.

Diegues, que faleceu em fevereiro deste ano, quando o documentário estava sendo montado, esteve no Festival de Cannes com oito dos 17 longas que dirigiu sozinho, participando três vezes da mostra competitiva  — com “Bye Bye Brasil”, em 1980; “Quilombo”, em 1984; e “Um trem para as estrelas”, em 1987 — e outras três vezes da Quinzena dos Realizadores — com “Os Herdeiros”, em 1969, “Joanna Francesa”, em 1973; e “Chuvas de Verão”, em 1978. O cineasta foi membro do júri da principal mostra competitiva, em 1981, e participou também da Semana da Crítica, com “Ganga Zumba”, em 1964, apresentou, fora de competição, “O Grande Circo Místico”, em 2018, além de ter marcado presença com o longa “Cinco Vezes Favela – Agora por nós mesmos”, em 2010, do qual assinou a produção.

Exibir “Para Vigo Me Voy!” no Festival de Cannes é levar novamente o espírito artístico do cineasta e celebrar sua obra, que começou nos anos de 1960 com o curta “Escola de Samba Alegria de Viver”, que integrou o longa coletivo “Cinco Vezes Favela”, de 1962. Diegues foi um dos fundadores do movimento Cinema Novo, dirigindo em sua carreira 30 filmes entre longas e curtas, e deixando o inédito “Deus Ainda É Brasileiro”, continuação do sucesso de 2003.

Karen Harley, que trabalhou com o cineasta montando “Tieta do Agreste” (1996), conta que Diegues foi seu mestre não só no cinema, mas também na vida, e destaca a possibilidade de celebrar a obra do cineasta no documentário. “É um filme de delicada costura entre suas últimas conversas, seu último set como diretor, sua extensa e diversa filmografia e um vasto e inédito material de arquivo, no qual ele fala sobre questões relevantes sobre o Cinema e o Brasil em geral. Combina profundidade humana, relevância social e estética cinematográfica.”

Com distribuição nos cinemas da Gullane+, “Para Vigo Me Voy!” tem produção executiva de Maria Fernanda Miguel; montagem de Mair Tavares e Daniel Garcia; e  montagem final feita por Karen Black e Lucílio Jota; e fotografia de Loiro Cunha. A música-título do filme é interpretada por Ney Matogrosso e o Pife Muderno, e é produzida por Carlos Malta. A produtora Coqueirão Pictures participou em 2016 da sessão Cannes Classics com a coprodução Cinema Novo, de Eryk Rocha, que recebeu o Olho de Ouro de Melhor Documentário do Festival.

Sinopse
“Para Vigo Me Voy!” é um documentário que mergulha na obra de Carlos Diegues, cineasta que retratou a história e o espírito do Brasil desde 1961. O longa navega entre os filmes dele e sua trajetória pessoal. Trechos das obras são intercalados com entrevistas do diretor ao longo de 60 anos. Acompanhamos a evolução de seu cinema e de seu discurso, costurando esse diálogo com imagens inéditas da última filmagem de Diegues em “Deus Ainda É Brasileiro”, uma seção de “Bye Bye Brasil” na Favela do Vidigal, com a presença dele, e um grande encontro de Carlos Diegues com artistas que foram companheiros de jornada.

Ficha Técnica
Direção – Lírio Ferreira & Karen Harley
Argumento: Lucas Vasconcellos
Roteiro: Lírio Ferreira
Produtor – Diogo Dahl
Produtora Executiva: Maria Fernanda Miguel
Coprodutores: Lucas Vasconcellos, Clélia Bessa e Luciano Vidigal
Montagem: Mair Tavares; Daniel Garcia
Montagem final: Karen Black, edt.; Lucílio Jota, edt.
Direção de Fotografia – Loiro Cunha
Edição de Som: Waldir Xavier
Mixagem de Som: Tiago Picado
Som Direto: Valéria Ferro; Priscila Alves
Música: Ney Matogrosso e Carlos Malta e Pife Muderno
Distribuição: Gullane+

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