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“A Lista da Minha Vida”: comédia romântica retrata um belo recomeço pós-luto | 2025

Todo mundo, em algum momento da vida, já fez uma lista com sonhos a serem alcançados. Assistindo eu me recordei de algumas que fiz, com alguns itens malucos e infantis, outros sólidos e importantes, mas que me impulsionaram nos momentos mais difíceis e que em sua maioria se concretizaram, me fizeram evoluir e trouxeram uma sensação indescritível de plenitude. O longa, adaptado do best-seller de 2013 da escritora Lori Nelson Spielman, traz uma história que tem como eixo condutor uma lista de objetivos a serem cumpridos.

Alex é uma jovem que tem uma vida legal, porém longe de ser completamente satisfatória. Ela tem um emprego estável na empresa da família e um namoro morno, está na zona de conforto estagnada e onde nada acontece. Depois de perder sua mãe Elizabeth, de quem era muito próxima, ela se vê compelida a dar uma guinada: ela só receberá sua herança se completar uma lista de tarefas que escreveu na adolescência; para cada meta cumprida, Alex recebe um DVD com uma mensagem da mãe. Muito a contragosto ela vai cumprindo a missão nessa jornada de luto e autodescobertas, e assim, vencendo seus limites e amadurecendo.

Sair da zona de conforto dói e pode ser amargo a princípio, mas a recompensa é doce. Os objetivos que Alex tem que cumprir são aparentemente bobos , como aprender a dirigir, voltar a dar aulas, fazer uma tatuagem e outras, mas eles fazem renascer pequenos sonhos que ficaram para trás e deixaram uma lacuna importante, mínimas coisas que engrandecem pela satisfação pessoal.

A rapidez com que as missões são cumpridas quebra o bom ritmo da trama e o progresso das emoções que surgem conforme os DVDs são desbloqueados. As relações de Alex com seus irmãos, cunhadas e com os segredos que vem à tona não são desenvolvidas com o tempo e cuidado que mereciam, sendo assim, o impacto que causam é bem menor do que o potencial que tem.

O grande destaque e o coração da trama é o lindo vínculo entre mãe e filha, Elizabeth e Alex tem um elo poderoso de amor, de amizade, e embates, que perduram mesmo depois da morte, com os ensinamentos e memórias eternos – e diante deles é impossível não se emocionar. Sofia Carson, que começou sua carreira bem jovem na Disney, e hoje é queridinha de produções românticas da Netflix (a última é “Continência ao Amor” de 2022), está ótima como a jovem adulta, charmosa e carismática Alex. A veterana Connie Britton entrega uma performance tocante como a mãe que, ciente de que vai sucumbir ao câncer, tenta deixar tudo preparado para que a filha evolua e seja feliz.

É preciso parar de desmerecer o “simples”, se uma obra é descomplicada no seu conceito mas é bem feita e convincente, ela  também pode ser boa. “A Lista da Minha Vida” aposta no simples e, apesar de não ter um olhar mais profundo pras questões em pauta, acerta quando o quesito é entretenimento e emoção. As mensagens sobre recomeçar a partir da dor do luto e se reinventar são sempre inspiradoras e universais. Não é a toa que o longa está no topo dos 10 filmes mais vistos na Netflix do Brasil.

Karina Massud

Formada em Direito, cinéfila desde os 5 anos de idade, quando seu pai a levou para assistir “Superman-o Filme”. Cachorreira, chocólatra, fã ardorosa de séries, músicas, literatura e tudo que emocione.

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